Ao menos 29 empresas teriam se beneficiado das transações via PIX efetuadas após ataque hacker que desviou R$ 541 milhões de um banco de São Paulo. Os nomes dos supostos beneficiários foram encaminhados à Polícia Civil paulista, que investiga o caso, pela BMP Sociedade de Crédito LTDA, alvo dos ataques na madrugada de 30 de junho.
166 transações desviaram cifras entre R$ 200 mil e até R$ 271 milhões. As transferências ocorreram após a invasão ao sistema da empresa terceirizada C&M Software (CMSW), contratada para operar transações financeiras em nome do BMP.
VEJA TAMBÉM:
- Como a defesa do Pix falhou e qual a lição para o Banco Central
- 7 pontos sobre o ataque hacker que abalou o sistema financeiro nacional
Na quinta-feira (3), a Polícia Civil prendeu o homem suspeito de facilitar o ataque cibernético. João Nazareno Roque é funcionário da empresa de tecnologia e, conforme a investigação, teria vendido, por R$ 15 mil, a senha da máquina que deu acesso ao sistema sigiloso para os hackers efetuarem as transações via PIX.
Ao ser preso, o técnico declarou aos policiais que foi aliciado pelo grupo hacker, após uma abordagem feita por um homem quando saía de um bar na cidade próximo à sua residência, em meados do mês de março. O suposto aliciador sabia que o técnico atuava em um setor da C&M com acesso ao sistema de pagamento.
João Nazareno Roque disse também, aos policiais, que foi abordado uma segunda vez pelo WhatsApp para que criasse um login e senha para acessar a estrutura de pagamentos via PIX da C&M. Para não deixar rastros, o técnico trocou de telefone celular diversas vezes.
Fonte ==> UOL