Pela primeira vez desde 2020, não há um favorito para vencer o título do Olympia na Classic Physique atualmente. Isso porque Chris Bumstead, hexacampeão do torneio, anunciou sua aposentadoria dos palcos no final do ano passado. Para Gabriel Zancanelli, primeiro fisiculturista brasileiro da história a se classificar para o campeonato mais importante do planeta nesta categoria, o embate deve ser protagonizado por Mike Sommerfeld, Terrence Ruffin e Ramon Dino.
“Está quase todo mundo igual lá em cima, o ‘trono’ está em aberto”, destaca o atleta profissional em entrevista exclusiva. Ele ainda diz que, por conta da temporada passada e das últimas competições, considera o alemão favorito, “mas quem conhece o potencial do nosso Dinossauro sabe” que a disputa não está fora de alcance para o acreano.
“É a melhor genética que já vi. Já rodei o mundo competindo e nunca vi ninguém igual ao Ramon. Já disse, anteriormente, que se fosse para apostar dinheiro eu apostaria no Mike e no Ruff à frente do Ramon – tendo em vista o que os árbitros estão pedindo para a categoria. Mas em Pittsburgh, naquele ‘guest posing’ em que eles ficaram lado a lado, mudei de opinião. Ele é sinistro”, completa Zancanelli.
Além de Dino, o atleta mineiro também mencionou Matheus Menegate como um potencial brasileiro da Classic Physique: “Foi uma surpresa no Olympia do ano passado, impressionou todo mundo. É um cara novo na categoria, na liga profissional, no esporte. As mudanças dele sempre vão ser muito significativas”.
No ano passado, os dois se encontraram tanto no Olympia quanto no Texas Pro. Enquanto Menegate conseguiu uma colocação melhor na “Copa do Mundo” do fisiculturismo, Zancanelli venceu o show no qual eles protagonizaram uma disputa direta. Sobre a rivalidade com o colega – ambos, assim como Ramon, têm como treinador de musculação Fabrício Pacholok -, ele brinca: “Ganhei dele e vou ganhar de novo quando voltar”.
Atualmente, o fisiculturista se encontra em fase de recuperação em decorrência de uma lesão que sofreu no peitoral. O descanso forçado, entretanto, pode ser benéfico a longo prazo, segundo ele. “Posso voltar pior ou melhor, pois nunca fiquei tanto tempo sem competir, então não sei como meu corpo vai reagir. Comparando fotos atuais com os meus últimos períodos de ‘off’, já consigo ver algumas melhorias que eu não conseguia ver antes. Acho que foi por ter descansado. Hoje, vendo a minha recuperação, minha evolução nos treinos, acredito que voltarei melhor”, relata.
Fonte ==> Folha SP