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Dia do Rock: Chef Henrique Fogaça fala sobre sua banda – 13/07/2025 – Música

São Paulo

Se numa cozinha de restaurante, é preciso ter (em teoria) tranquilidade para nada desandar, o oposto acontece num palco, em um show de rock. E o chef Henrique Fogaça, 51, sabe bem como vivenciar esses dois extremos. Dono de restaurante e jurado do MasterChef Brasil (Band), ele também é vocalista da banda de hardcore Oitão desde 2008.

Nesse Dia Mundial do Rock, Fogaça tirou o avental e calçou os coturnos para falar sobre o ritmo que, segundo ele, é mais do que uma sonoridade, mas um estilo de vida. Que, inclusive, o ajudou a moldar sua personalidade e o modo de ver o mundo. “O rock me ensinou a resistir, a pensar fora da caixa, a não baixar a cabeça. Ele me deu coragem para ser quem eu sou.” Confira abaixo a entrevista completa.

O que é ser rock’n’roll para você?

É ter atitude, coragem e autenticidade em tudo o que faço, seja na cozinha, na vida pessoal e na forma como encaro os desafios. É não me encaixar em padrões, seguir meus princípios com intensidade e verdade. No trabalho, isso aparece na ousadia e na liderança firme, mas humana. Em casa, é estar presente, lutar pela minha família e viver com amor e propósito.

Quais são suas cinco bandas de rock preferidas?

Acho difícil escolher só cinco, mas tenho algumas que marcaram a minha vida. AC/DC foi uma das primeiras que ouvi na adolescência, aquela energia crua me fisgou de cara. Iron Maiden me impressionou pelas letras épicas e a pegada técnica, pesada e melódica ao mesmo tempo. Metallica é outra que me influenciou muito, principalmente pela força e atitude contestadora do thrash metal. No Brasil, duas bandas que me moldaram foram Ratos de Porão e Cólera, pelo espírito de resistência, protesto e autenticidade do punk/hardcore nacional.

Você é vocalista da banda Oitão. Como concilia a música com a gastronomia e o programa na TV?

É tudo na base do equilíbrio, da organização e da paixão. Minha agenda é intensa, mas quando a gente faz o que ama, dá um jeito. Além disso, tenho uma equipe que me ajuda a organizar tudo isso. Tenho os restaurantes, as gravações do MasterChef (Band), meus projetos pessoais, mas sempre separo tempo para compor, para subir no palco com o Oitão.

Como está a agenda de shows?

A gente tem uma rotina bem pé no chão. Todos os integrantes do Oitão têm suas vidas, trabalhos e famílias. Mas a banda continua viva, com composições novas e shows quando conseguimos conciliar as agendas. O Oitão é um canal de expressão, onde a gente solta o verbo.

O que a música significa para você?

A música me alimenta de um jeito diferente, me completa. A vida de rock star, para mim, não é glamour, é ralação de verdade. É subir no palco suado, gritar o que está preso na garganta, dividir energia com o público. Isso me move.

Quando o rock surgiu na sua vida?

Eu brinco que sou roqueiro antes de ser cozinheiro (risos). O rock entrou na minha vida na adolescência, numa fase de muita inquietação e questionamento. Meus pais não eram do rock, mas sempre me incentivaram a buscar minha verdade. Cresci ouvindo Ratos de Porão, Sepultura, Slayer, e isso moldou muito quem eu sou. O rock me ensinou a resistir, a pensar fora da caixa, a não baixar a cabeça. Ele me deu coragem para ser quem eu sou, na cozinha, na música, na vida.

Sua filha Olívia, de 18 anos, também é amante do rock?

A Olívia tem uma sensibilidade única, e a música a toca de um jeito especial. Ela ouve, passo isso a ela naturalmente, sem forçar. A herança que quero deixar é mais do que o gênero musical, é a atitude, a liberdade de ser quem ela é, de se expressar.

Como foi lutar pela qualidade de vida dela?

Lutar pelo acesso ao canabidiol para minha filha [ela tem uma síndrome rara, que não teve um diagnóstico conclusivo] foi uma das maiores atitudes rock’n’roll da minha vida. Bati de frente com preconceitos, com burocracia, com ignorância. O tratamento com cannabis mudou a qualidade de vida da Olívia e de toda nossa família. Me tornei mais ativo na causa porque entendi que essa luta é de milhares de outras famílias também. E o rock é isso: inconformismo, ação, transformação.

E no futuro? Pretende se dedicar mais ao rock?

O rock nunca vai sair de mim, mesmo com a rotina puxada, sempre vai ter um espaço para a música. No futuro, sim, penso em me dedicar mais ao som, talvez fazer mais shows, compor com mais frequência, quem sabe até experimentar outras sonoridades dentro do rock.



Fonte ==> Folha SP

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