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Gleisi parte para o ataque contra pedidos de corte de gastos

Hugo Motta

A ministra Gleisi Hofmann, das Relações Institucionais, partiu para o ataque nesta segunda (30) contra os sucessivos pedidos da oposição e do mercado financeiro para que o governo corte gastos em vez de aumentar impostos, como a mais recente tentativa de elevar o IOF para fechar as contas do ano.

Na semana passada, o governo foi derrotado pelo Congresso ao ver o decreto de aumentaria as alíquotas do imposto ser derrubado com uma ampla margem de votos inclusive de partidos da base aliada. Há a expectativa de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recorra ao Supremo Tribunal Federal (STF) para retomar a taxação – o que pode ampliar a crise entre os poderes Executivo e Legislativo.

“O Brasil está cansado dessa conversa de cortar políticas sociais, congelar o salário-mínimo e sacrificar os aposentados. Isso não é debate sério sobre política fiscal; é defesa de privilégios e injustiças. Este país tem sim distorções históricas que precisam ser corrigidas, mas jogar a conta nas costas da maioria só vai agravar o problema e aumentar a desigualdade”, disparou Gleisi em uma longa mensagem publicada nas redes sociais.

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A ministra justificou a defesa do governo elencando diversos dados macroeconômicos, como a redução do déficit primário de 2,3% em 2023 para 0,09% em 2024, a diminuição das despesas primárias 19,6% para 18,6% do PIB em dois anos, além de citar o aumento da arrecadação de impostos, dos empregos e do consumo das famílias.

Gleisi Hoffmann também disparou por tabela contra o Banco Central – mas sem citar o presidente Gabriel Galípolo, indicado por Lula – afirmando que o país segue com “juros estratosféricos” que pressionam a economia e a dívida pública. O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, na semana retrasada, elevar os juros a 15%.

“Não são os investimentos do governo, sociais e em infraestrutura, que pressionam a dívida pública. É a política monetária que herdamos do governo passado, com juros estratosféricos que vão levar essa conta a R$ 1 trilhão este ano. Uma ciranda maluca, que não se justifica diante de uma inflação que está abaixo da média nacional nos últimos 30 anos”, seguiu.

A ministra ainda endereçou as críticas ao chamado “andar de cima” constantemente citado pelo ministro Fernando Haddad, da Fazenda, de que precisa pagar mais impostos para o governo seguir executando as políticas públicas que considera necessárias, como uma “contribuição” para poder compensar na outra ponta.

Para ela, falta um “esforço” dessa parcela da sociedade através da taxação de aplicações financeiros, lucros e dividendos distribuídos aos acionistas. “Goza de isenções fiscais injustificáveis e são os que lucram com a escandalosa taxa de juros”, completou.

Gleisi Hoffmann ainda cobrou a redução de subsídios “que não geraram empregos” e que “custaram mais de R$ 600 bilhões em 2024”, e a defesa da taxação de ganhos altos para compensar a isenção do Imposto de Renda a quem recebe até R$ 5 mil mensais, a principal proposta econômica do governo para este ano.



Fonte ==> UOL

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