(FOLHAPRESS) – Os preços de carros produzidos e comercializados no Brasil podem cair a partir desta quinta (10), dia escolhido pelo governo para o anúncio de uma nova etapa de incentivos baseado na eficiência energética.
A implementação das regras -que já estavam previstas no programa Mover (Mobilidade Verde e Sustentabilidade)- tem movimentado as montadoras neste início de julho.
Embora não sejam esperados grandes descontos, os departamentos comerciais e de marketing das fabricantes definem estratégias e devem anunciar promoções para o fim de semana. Os grupos Stellantis e Volkswagen, por exemplo, intensificaram as reuniões sobre o tema nas últimas semanas.
As empresas já adaptaram seus produtos nacionais às diretrizes que permitirão acesso a reduções tributárias.
Um dos pontos em discussão contempla a isenção de IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) para veículos que se adaptem a requisitos como baixa emissão de CO2, conteúdo nacional e limites de dimensões e de potência.
Dessa forma, os modelos 1.0 mais em conta produzidos no Brasil tendem a alcançar os maiores benefícios. Hoje, esses veículos recolhem 5,3% de tributo.
Esse ponto, contudo, gerou discussões entre as fabricantes. “Há algumas ideias que não consideramos interessantes. Falou-se em deliberar a favor de um carro, digamos, popular, dado pelo seu tamanho, pelo seu motor e por orientações em torno de preço, mas não é isso que o brasileiro quer”, disse Santiago Chamorro, presidente da General Motors na América do Sul.
O executivo afirmou que as pesquisas feitas pela montadora indicam que os consumidores desejam mais itens de conforto e de tecnologia, além de veículos com melhor acabamento. Nesta semana, a empresa apresentou a linha 2026 de seu automóvel mais em conta, o compacto Onix. Seu preço parte de R$ 102.990.
Atualmente, os veículos mais baratos entre os zero-quilômetro são o Renault Kwid (a partir de R$ 80.690) e o Fiat Mobi (R$ 80.990 na versão Like). É comum que suas fabricantes ofereçam descontos no varejo, mas ambos os modelos são mais comercializados por meio de vendas diretas.
Segundo levantamento feito pela agência Autodata, 94% dos Kwid e Mobi comercializados nos seis primeiros meses deste ano tiveram seus registros feitos em nome de pessoas jurídicas. O maior volume foi destinado a grandes frotistas.
Igor Calvet, presidente da Anfavea (associação das montadoras), disse nesta segunda (7) que 28% dos carros vendidos em junho foram adquiridos por locadoras, o que dá um total de 56,3 mil unidades. As empresas do setor chegaram a interromper as compras no fim do mês, à espera da regulamentação dos novos incentivos fiscais.
Diferentemente do que ocorreu em 2023, quando foram concedidos créditos tributários com o objetivo de reviver o segmento de carros populares, as medidas que serão anunciadas nesta semana não restringirão o acesso às locadoras. Trata-se de um programa pautado em eficiência energética, e não em vendas no varejo.
Também não se trata de uma iniciativa limitada por um teto para a concessão de incentivos, como ocorreu há dois anos. Contudo, essa etapa também tem prazo de validade.
“Temos debatido com o governo, [o programa de incentivo] deve girar até o fim de 2026, e logo depois haverá a reforma tributária”, disse Calvet.
As casas de apostas virtuais ficaram sem pagar impostos no Brasil entre a legalização, em 2018, e a aprovação de um marco regulatório em 2023; “Agora, tem que enquadrar esse setor de uma vez por todas”, disse o ministro
Folhapress | 08:10 – 09/07/2025
Fonte ==> Gazeta do Povo e Notícias ao Minuto