São Paulo

Nova série médica da Netflix, “Pulso”, estreou no dia 3 de abril e rapidamente alcançou o Top 10 Brasil, ultrapassando títulos populares como “Adolescência”. Para Willa Fitzgerald, protagonista da trama, os elementos que atraíram o público foram justamente os que a fizeram aceitar o papel.

“Além dos dramas dos pacientes, os médicos enfrentam dilemas pessoais —como uma denúncia de assédio e disputas por cargos, tudo isso em meio ao caos de um furacão. Quando li o roteiro, soube que o público também ficaria intrigado”, conta a atriz ao F5.

Na série, Willa interpreta a médica Danny Simms, que, já nos primeiros episódios, assume o cargo de chefe dos residentes no Maguire Medical Center, em Miami. A promoção, no entanto, vem após ela denunciar o antigo chefe, o renomado Dr. Xander Phillips, por assédio sexual.

“Não é uma posição fácil de estar”, pondera o ator Colin Woodell, que vive o acusado. “Aceitar interpretar Xander me gerou muitas perguntas desde a primeira leitura. O que de fato aconteceu entre os dois? Estou mesmo interpretando um vilão?”.

Segundo ele, a dupla só descobriu os desdobramentos finais da história quando recebeu o roteiro do último episódio. “Foi tudo muito imersivo. Eu só tinha acesso ao ponto de vista do meu personagem, então atuei baseado nisso”, explica Woodell. “Querendo ou não, é uma responsabilidade que a atuação te faz carregar”.

Willa compartilha da mesma sensação. “Essa foi uma das partes mais instigantes do trabalho. A gente não sabia tudo o que ia acontecer e, quando lemos juntos o roteiro final, lembro que senti como se tivéssemos estourado uma garrafa de champanhe. Foi um momento marcante.”

Apesar do tom tenso da série, a atriz afirma que o clima nos bastidores era leve. “Acho que nunca ri tanto num set de filmagem. A gente se divertia muito. Dava para sentir que todos estavam felizes por estarem ali, aprendendo e dando vida ao hospital”.

Woodell aproveitou a resposta para relembrar uma situação que viveram durante um episódio, em que precisavam levantar um tronco de árvore de cima de um carro para ajudar um paciente. “Ela se passava em Miami, mas filmamos em Albuquerque, no Novo México, a 1.500 metros de altitude, com a temperatura negativa, à noite. Estava ventando, chovendo, e a gente, de camiseta, fingindo que estava tudo normal”, conta, rindo.

“Estávamos completamente traumatizados. Sério, todos nós. Traumatizados no Departamento de Traumas [onde a cena se passava]”, completou Willa, fazendo graça.

Criada por Zoe Robyn e produzida por Carlton Cuse (“Lost”), a série vem tendo boa repercussão nas redes sociais. Até o momento, a Netflix ainda não anunciou oficialmente se a produção será renovada para uma segunda temporada.