O tarifaço do presidente Donald Trump sobre as importações brasileiras entra em vigor na próxima quarta-feira (6) e, mesmo sendo um importante parceiro comercial, os EUA não são o principal destino das exportações de vários estados brasileiros. Das 27 unidades da federação, somente cinco exportam mais para o país norte-americano: Ceará, Espírito Santo, Paraíba, Santa Catarina e São Paulo.
No primeiro semestre de 2025, o Brasil enviou US$ 20 bilhões para os EUA, o que representa 12,1% do total. O principal destino foi a China, com US$ 47,7 bilhões em produtos exportados — no total, o país exportou US$ 165,9 bilhões no período. No caso chinês, são 13 estados que têm a ditadura de Xi Jinping como principal parceiro no comércio exterior.
Mas não são só de China e EUA que vivem as exportações para os estados brasileiros. Outros nove países estão no topo dos envios. E eles estão espalhados por América Latina, América do Norte, Europa e Ásia. Só a África e a Oceania não entram na lista dos destinos prioritários dos estados.
O destino preferencial dos estados depende muito do produto principal. Por exemplo, o Japão é importador de madeira do Amapá, enquanto a Argentina compra veículos de Pernambuco. Os óleos de petróleo fazem Sergipe exportar mais para a Holanda, bem como o mesmo produto significa uma relação significativa entre o Rio Grande do Norte e o Panamá.
Abaixo, os principais produtos exportados para os destinos preferenciais das unidades da federação, excetuando China e Estados Unidos:
- Acre → Peru: castanha-do-pará
- Amapá → Japão: madeira em estilhas ou em partículas
- Alagoas → Canadá: açúcar de cana
- Amazonas → Alemanha: ouro, em formas brutas ou semi-acabadas, ou em pó
- Distrito Federal → Arábia Saudita: cortes de aves congelados
- Pernambuco → Argentina: veículos automotivos
- Rio Grande do Norte → Panamá: óleos de petróleo
- Roraima → Venezuela: extratos de malte; preparações alimentícias de farinhas, féculas ou extrato de malte
- Sergipe → Holanda: óleos de petróleo
Fonte ==> UOL