Com a promessa de melhorar a saúde, beleza e energia, os suplementos alimentares ganharam espaço nas prateleiras de farmácias e na rotina de milhares de pessoas. Mas, segundo especialistas, o uso indiscriminado desses produtos pode trazer riscos à saúde, principalmente quando feito sem orientação médica.
A farmacêutica Abdur Rehman, em entrevista ao portal Only My Health, fez um alerta sobre três tipos de suplementos que exigem atenção redobrada. O principal problema, segundo ela, está na automedicação e na confiança em promessas divulgadas por celebridades e influenciadores, sem base científica sólida.
Suplementos para cabelo e pele: promessas sem comprovação científica
Cada vez mais populares nas redes sociais, os suplementos com fórmulas que incluem compostos como ashwagandha e ginseng são vendidos com a promessa de fortalecer unhas, cabelo e melhorar a pele. No entanto, Rehman destaca que muitos desses produtos não têm respaldo científico. Segundo ela, os efeitos positivos só costumam ser observados em pessoas com deficiências nutricionais específicas — o que não é o caso da maioria dos consumidores.
Vitaminas em goma: sabor agradável, mas com armadilhas
Outro alerta da especialista vai para as famosas vitaminas em formato de goma, vendidas como alternativa mais “gostosa” aos suplementos tradicionais. Mesmo as versões sem açúcar podem conter altos níveis de adoçantes, sucos concentrados e conservantes que, em excesso, contribuem para problemas como obesidade, cáries e doenças cardíacas. “Na prática, são doces disfarçados”, resume Rehman.
Ferro e cálcio: combinação que anula os efeitos
Suplementos de ferro e cálcio, quando tomados juntos, podem ter a absorção comprometida. Segundo a farmacêutica, esses minerais competem entre si no processo de absorção intestinal, o que reduz a eficácia dos dois. A recomendação é espaçar o consumo de ambos e evitar ingeri-los simultaneamente após as refeições.
Cafeína pode interferir na absorção de vitaminas e minerais
Além disso, a terapeuta nutricional Rhian Stephenson, citada pela revista Glamour, reforça que o consumo de café pode interferir diretamente na absorção de alguns nutrientes. É o caso do ferro e da vitamina D, cujos níveis podem ser reduzidos quando ingeridos com cafeína. Vitaminas do complexo B, vitamina C, magnésio e potássio também podem ser eliminados com mais facilidade pelo efeito diurético da bebida.
A recomendação de ambos os especialistas é clara: antes de incluir qualquer suplemento na rotina, o ideal é buscar aconselhamento de um médico ou nutricionista, para garantir que o uso seja realmente necessário e feito da maneira correta.
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Excesso de magnésio: 7 sinais de alerta que você não pode ignorar
O magnésio é um mineral essencial ao organismo, participando da formação óssea e da manutenção da saúde cardíaca. No entanto, níveis excessivos também podem trazer prejuízos.
Segundo o nutricionista Falak Hanif, em entrevista ao site HealthShots, a maior parte do magnésio presente nos alimentos é naturalmente regulada pelo corpo e eliminada pelos rins na urina. Já o excesso proveniente de suplementos pode sobrecarregar esse sistema.
Entre os principais efeitos adversos do magnésio em excesso estão:
Diarreia
Náuseas
Cólicas abdominais
Queda da pressão arterial
Batimentos cardíacos irregulares
Fraqueza muscular
Dificuldade respiratória
Por isso, é recomendável consultar um profissional de saúde antes de iniciar a suplementação, garantindo que os níveis de magnésio permaneçam dentro da faixa ideal.
Não é todo mundo que vai precisar receber injeções periódicas para repor vitamina B12 (como acontece com alguns vegetarianos ou com quem fez cirurgia bariátrica) ou tomar comprimidos com magnésio (por exemplo, algumas pessoas com diabetes e com doença de Crohn)
Folhapress | 17:30 – 01/05/2025
Fonte ==> Gazeta do Povo e Notícias ao Minuto