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É hora de ouvir as iranianas – 22/06/2025 – Lygia Maria

A imagem mostra uma grande multidão de pessoas e veículos parados em uma estrada. No primeiro plano, uma jovem está em cima de um carro, com as mãos levantadas em sinal de protesto. Ao fundo, é possível ver uma longa fila de carros e uma multidão de pessoas caminhando. A paisagem é montanhosa e o céu está claro.

Segundo a Carta da ONU, os ataques de Israel e dos EUA ao Irã configuram crime de agressão. Também é notório que o Irã financia grupos terroristas, como Hamas e Hezbollah, e que prega a eliminação do Estado judeu. Sabe-se, ainda, que a teocracia censura, tortura, mata e direciona sua brutalidade às mulheres.

No meio da guerra, contudo, pouco se sabe sobre o que pensam as iranianas. Tal conhecimento é crucial pois há chances de queda do regime, e esse é o objetivo de muitas das que lutam por liberdade.

Derrubadas violentas de ditaduras nem sempre resultam em democracia, como sabe o povo iraniano. Com a saída de Reza Pahlavi, em 1979, os aiatolás tomaram conta, infringindo direitos humanos, como o antecessor.

Mas vias institucionais estão bloqueadas. Não há liberdade de imprensa, a oposição é massacrada, e a atuação de organismos internacionais é débil.

A própria ONU fornece respaldo simbólico ao Irã. Permitiu que o país presidisse o Fórum Social do Conselho de Direitos Humanos e uma das etapas da Conferência do Desarmamento.

Dado o descaso da comunidade internacional, iranianas e afegãs —incluindo quatro laureadas com o Nobel da Paz— criaram em 2023 uma campanha global para tipificar a situação em seus países como apartheid de gênero.

EUA e Israel não estão preocupados em libertar o Irã, mas basta pesquisar as redes sociais de exiladas para ver que a queda dos aiatolás é saudada, apesar de críticas a ações militares que podem atingir seus entes queridos.

Uma delas é a jornalista Masih Alinejad, presidente do World Liberty Congress que, em 2015, foi premiada pela ONU por sua defesa dos direitos humanos.

“Quando vejo chefes da Guarda Revolucionária que me caçaram sendo caçados agora, claro que sorrio, e eu não estou sozinha. Só há uma solução para acabar com essa guerra: acabar com o regime. Agora é o momento de apoiar o povo iraniano. É assim que protegeremos as vidas de civis inocentes”, disse Alinejad. Que sua voz e a de milhares de iranianas sejam ouvidas.



Fonte ==> Folha SP

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