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Do transporte à inclusão: o papel estratégico dos aplicativos no desenvolvimento do Brasil

A mobilidade urbana continua sendo um dos grandes desafios brasileiros.

Enquanto as capitais contam com maior variedade de transporte público, o interior ainda sofre com limitações estruturais, falta de linhas regulares e alta dependência de transporte individual. Nesse cenário, os aplicativos de transporte passaram a desempenhar um papel central não apenas na mobilidade, mas também na geração de renda e inclusão social.

Segundo a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), mais de 2.500 municípios brasileiros não possuem sistema formal de transporte coletivo. A ausência desse serviço compromete a qualidade de vida da população e limita o acesso a oportunidades de trabalho, saúde e educação. Nos últimos anos, porém, plataformas digitais têm se tornado solução prática para preencher parte dessa lacuna.

Além de melhorar a circulação nas cidades, os aplicativos criaram um novo ecossistema de empregos. Estimativas do setor indicam que mais de 1 milhão de brasileiros atuamcomo motoristas por aplicativo, representando uma das principais fontes de renda alternativa no país.

O engenheiro e empreendedor Marcos Rodrigues Gomes Junior, fundador da Livre Tecnologia Ltda., ressalta que o impacto é ainda maior nas cidades médias e pequenas. “No interior, os aplicativos não são apenas uma opção de mobilidade, mas muitas vezes o principal meio de transporte. Também representam inclusão econômica: milhares de famílias passaram a contar com uma nova fonte de renda”, avalia.

Marcos Rodrigues Gomes Junior – Fundador da Livre Tecnologia Ltda

A Livre Tecnologia, criada em 2018 em Minas Gerais, já contabiliza mais de 23 milhões de corridas realizadas em cinco cidades brasileiras, com 2.500 motoristas cadastrados. Sem aportes externos, a empresa cresceu com base na confiança da comunidade e agora se prepara para expandir via franquias e novos serviços, como delivery.

Para especialistas, a expansão das plataformas regionais mostra que a mobilidade precisa ser tratada como política pública estratégica. A integração entre inovação tecnológica e gestão municipal pode reduzir custos, ampliar o acesso e estimular a economia local. “O setor público precisa enxergar os aplicativos como aliados. Quando bem regulamentados, eles oferecem transporte acessível, aumentam a segurança e fortalecem a economia regional”, complementa Marcos.

À medida que o Brasil busca reduzir desigualdades e impulsionar o crescimento fora dos grandes centros, a mobilidade digital pode ser uma das ferramentas mais eficazes. Mais do que transportar pessoas, os aplicativos têm potencial de transformar cidades em polos mais conectados, inclusivos e economicamente dinâmicos.

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