As criptomoedas foram um ponto-chave no início da guerra entre Rússia e Ucrânia, e o novo estudo da Chainalysis mostrou o quão importantes moedas digitais ainda movimentam o conflito. Em seis meses, foram US$ 2,2 milhões de doações em bitcoin (BTC), ethereum (ETH) e até mesmo dogecoin (DOGE).
A empresa de análise on-chain identificou que a criptomoeda mais utilizada foi o bitcoin, com US$ 1,4 milhão de doações, seguido pelo ethereum, com US$ 590 mil em doações. Na sequência, USDT-TRX somam US$ 206 mil e litecoin (LTC), US$ 21 mil.
Na lanterna do campeonato de doações, o dogecoin (DOGE) acumulou pouco mais de US 2.300 para grupos pró-Rússia, sitiados na região de Donetsk e Lugansk.
Esse montante está sendo gasto em equipamentos militares, como drones, armas, coletes a prova de balas, suprimentos de guerra, entre outros.
Criptomoedas financiando grupos paramilitares
Ainda de acordo com o estudo da Chainalysis, aproximadamente metade dos recursos financia grupos paramilitares e milícias na região de Donbas, na Ucrânia.
Portais a favor do país de Vladimir Putin, presidente da Rússia, fazem postagens regulares mostrando os equipamentos — e até fazendo uma espécie de relatório para os usuários.
Em uma delas, a foto de equipamentos militares ao lado de um veículo é acompanhado por uma legenda explicando os gastos: componentes dos chamados “veículos aéreos desarmados” (unmanned aerial vehicles, popularmente conhecidos como UAV) foram os mais caros, custando cerca de 200 mil rublos — cerca de R$ 17 mil.
Nem perto da Ucrânia
Apesar do número de US$ 2,2 milhões não ser nada desprezível, o montante é considerado pequeno se comparado com a quantidade de doações feitas até março deste ano para a Ucrânia.
O país atacado por Moscou recebeu US$ 56 milhões em criptomoedas até março deste ano. Não há dados posteriores disponíveis.
Em 24 de fevereiro deste ano, a Rússia iniciou um ataque ao leste da Ucrânia e segue em conflito com o país desde então.
Diversas sanções foram impostas ao país de Putin e, por inúmeras vezes, a guerra esteve perto do fim — até o momento, ambos os países pararam de avançar em suas conquistas.