A Nestlé superou a meta de matérias-primas provenientes de agricultura regenerativa no Brasil para o ano de 2025.
A empresa projetava que, até este ano, 30% de tudo o que adquire no país tivessem práticas regenerativas. Já no ano passado, a companhia chegou a 41% das principais matérias-primas regenerativas, o que inclui o café.
Agora, a empresa tem como objetivo elevar esse percentual para 50% até 2030.
Segundo a empresa, 100% das propriedades têm ao menos uma prática regenerativa e 76% são consideradas experts ou avançadas em nossa escala de nível de maturidade.
A Nestlé afirma que um levantamento realizado em mais de 900 propriedades demonstrou que as fazendas que implementam práticas de agricultura regenerativa como cobertura do solo, manejo integrado de pragas, inclusão de fontes de adubação orgânica e redução de agroquímicos, tiveram produtividade 14% maior e intensidade de emissão de carbono 12% menor quando comparadas às demais propriedades que não aplicaram essas práticas.
A empresa informa ainda que produtores recebem um bônus pelo café sustentável e de maior qualidade.
A agricultura regenerativa é uma das grandes apostas da cafeicultura para lidar com as mudanças climáticas. Para os produtores, é vantajoso porque deixa a plantação mais apta a enfrentar os eventos climáticos extremos. E, para as multinacionais que compram esses grãos, é um dos grandes aliados para que consigam alcançar suas metas de redução de emissão de gás carbônico.
O termo agricultura regenerativa existe há algumas décadas, mas apenas poucos anos atrás começou a aparecer com maior frequência. Virou uma espécie de mantra das grandes empresas que tentam vocalizar um discurso sustentável. A expressão passou a ser onipresente em relatórios de ESG (Governança ambiental, social e corporativa, da sigla em inglês), rótulos e falas de executivos.
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Fonte ==> Folha SP