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Turismo cresce no Brasil, e isso exige responsabilidade – 22/08/2025 – Papo de Responsa

A imagem mostra uma vista panorâmica da Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. A praia é extensa, com areia clara e ondas do mar. Ao fundo, há uma linha de prédios altos e modernos, e montanhas características da região. A estrada que acompanha a praia é visível, com algumas árvores e veículos. O céu está claro, com algumas nuvens.

Nos últimos meses, o turismo voltou ao centro das conversas —e nem sempre pelos melhores motivos. Acidentes recentes envolvendo turistas reacenderam o alerta sobre a segurança no setor, lembrando que cada experiência turística começa com um compromisso básico: proteger vidas.

Ao mesmo tempo, o mundo acompanha protestos contra o “overtourismo” em destinos europeus, que enfrentam os efeitos da superlotação, da degradação ambiental e da perda de qualidade de vida para moradores.

O que esses dois cenários têm em comum do ponto de vista do turismo? Falta o olhar para a responsabilidade em todas as camadas do setor. O turismo responsável é, por definição adotada na Declaração da Cidade do Cabo sobre Turismo Responsável em 2022, “aquele que busca criar lugares melhores para as pessoas viverem e visitarem, nesta ordem”.

Para o Coletivo Muda! pelo Turismo Responsável, do qual eu fui uma das cofundadoras, essa é uma jornada que requer que operadores, hoteleiros, governos, populações locais e turistas assumam suas responsabilidades individuais e coletivas e tomem medidas práticas para tornar o setor mais sustentável.

Atualmente no Brasil, temos um dado que não pode passar despercebido: atingimos recordes históricos na chegada de turistas internacionais. Segundo a Embratur, a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo, o turismo internacional no Brasil cresceu 47,5% entre janeiro e julho comparado ao mesmo período do ano passado.

Nestes sete meses, o país recebeu quase 6 milhões de estrangeiros. É uma oportunidade única, mas também um ponto de atenção. Podemos escolher que tipo de destino queremos ser.

Não podemos repetir modelos que concentram renda, pressionam ecossistemas e esvaziam culturas locais. Nosso país é vasto, diverso e potente demais para seguir caminhos que já se mostraram insustentáveis.

Precisamos do turismo que promove impacto positivo e que fortalece comunidades, valoriza a cultura, conserva a natureza e distribui oportunidades de forma justa.

É hora de assumir a responsabilidade (como setor, viajantes e sociedade) e trabalhar para elevar o Brasil enquanto referência em turismo responsável. Esse é o debate central do 1º Fórum Brasileiro de Turismo Responsável, que acontecerá de 11 a 14 de setembro, em Brasília.

Uma idealização do Grupo Vivejar, com apoio da Embratur, Instituto Bancorbrás, Fundtur (Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul), do governo do estado do Rio Grande do Norte, da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), do Coletivo Muda!, da Gondwana Brasil e da Coppo, com parceria acadêmica do Laboratório de Estudos em Turismo e Sustentabilidade da UnB (Universidade de Brasília).

Entre as palestrantes já confirmadas estão Anna Terra Yawalapiti, articuladora indígena e presidente da Organização Familiar Umatalhi, Regina Tchelly, chef e fundadora do projeto Favela Orgânica, e Solange Barbosa, turismóloga e CEO da Rota da Liberdade.

Também participarão Ana Tereza Giacomini, promotora de Justiça e coordenadora do Centro Estadual de Apoio às Vítimas do MPMG, e Daniela Meres, diretora da Gondwana Brasil e coordenadora de boas práticas de sustentabilidade e segurança em toda a cadeia de fornecedores.

Palestrará, ainda, Vanessa Almeida, referência nacional em gestão da segurança e consultoria em normas como a ISO 21101. Suas trajetórias, vindas de diferentes territórios e áreas de atuação, refletem a diversidade e a força de um turismo comprometido com a vida, a cultura e o meio ambiente.

A construção do turismo responsável no Brasil é, acima de tudo, um movimento coletivo. Não nasce de decisões isoladas, mas da soma de esforços de quem está disposto a se mobilizar, questionar modelos ultrapassados e fazer acontecer, no dia a dia, escolhas que geram impacto positivo.

Isso é feito por pessoas e instituições que entendem que o turismo é mais do que uma atividade econômica: é um instrumento para distribuir oportunidades, preservar culturas, regenerar ecossistemas e criar vínculos entre visitantes e anfitriões.

Esse futuro não será entregue pronto —ele será construído, passo a passo, por todos nós que acreditamos no poder transformador de viajar com responsabilidade. Se você acredita que o turismo pode transformar realidades e quer fazer parte dessa construção, nos encontramos lá.



Fonte ==> Folha SP

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