SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Uma brasileira e o filho dela, de 4 anos, foram atropelados enquanto estavam em um ponto de ônibus no terminal de balsas Horseshoe Bay, em West Vancouver, no Canadá. O menino não resistiu e morreu.
Mãe e filho foram atropelados após um ônibus invadir o ponto onde eles aguardavam o transporte. O veículo teria ultrapassado o meio-fio e atingiu às vítimas, segundo testemunhas. Antes do atropelamento, ocorrido no dia 28 de maio, Silvana de Oliveira Schramm e o menino, Leonardo, passearam em Bowen Island, na costa da região metropolitana de Vancouver. As informações são da CBC Canadá e do Global News.
Leonardo morreu no local e a mãe teve ferimentos graves. Silvana está internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em estado grave, mas estável. Uma terceira pessoa ferida pelo veículo foi hospitalizada em estado estável. Leonardo nasceu em Vancouver, no Canadá. Já o pai dele, Clineu Machado, e a mãe têm dupla cidadania brasileira e canadense, e se mudaram do Brasil para viver no país em 2014.
A última atualização do estado de saúde da brasileira foi nesta semana. Amigos informaram que a brasileira passaria na quarta-feira (4) por outra cirurgia importante para entender o impacto do acidente no corpo de Silvana. “Se há um momento em que todas as suas orações são necessárias é agora, ela precisa de toda essa energia para atravessar este ponto crítico. Ela permanecerá sedada por muitos dias após a cirurgia. Agradecemos suas orações”, acrescentaram.
A polícia local afirmou que uma infração criminal não foi descartada no caso. O sargento Chris Bigland, do Departamento de Polícia de West Vancouver, acrescentou, porém, que a velocidade do veículo no momento do acidente não é considerada como uma causa para a ocorrência. O ônibus da empresa TransLink, que diz estar à disposição para auxiliar nas investigações, foi apreendido para perícia e inspeção mecânica.
Silvana chegou a enviar ao companheiro uma foto dela com o filho na balsa. No registro, feito antes de retornarem à terra firme após o passeio, ela e Leonardo sorriem enquanto o vento balançava o cabelo de ambos. Informações sobre o velório de Leonardo não foram divulgadas.
VAQUINHA PARA A FAMÍLIA
Amigos estão fazendo uma campanha de arrecadação para ajudar a família da brasileira. Os custos serão usados para o funeral de Leonardo, a vinda de parentes do Brasil para o velório do menino e para custear as despesas hospitalares para a recuperação de Silvana.
O texto da campanha aponta que o menino e a mãe eram “inseparáveis e saíam todos os dias para curtir Vancouver”. Também indica, inclusive, que a criança amava andar de ônibus.
“Como pais mais velhos, Silvana e o pai de Leonardo tinham uma chance muito pequena de ter um filho, e como seu pai disse, eles foram abençoados com seu ‘bebê milagroso de 1% [de chance de sobreviver]’ no final de 2020. Silvana não queria nada mais na vida do que ser mãe, e ela é uma mãe incrível. Ela e Leo eram inseparáveis”, diz texto no site de arrecadação.
Amigo disse que Clineu “trabalhava em dois ou três empregos para sustentar a família”. Ele fazia isso para permitir que a companheira ficasse mais tempo com Leonardo, segundo Theresa Morrison, coproprietária da pizzaria onde ele trabalha, em entrevista à CBC News.
Clineu não quis conceder entrevista, mas Theresa disse que ele queria deixar claro à imprensa que “não há um jogo de culpa [sobre o atropelamento] agora”. “Ele é um homem de fé muito profunda”, falou. E acrescentou: “Acredita no perdão e também entende que acidentes acontecem e que não há ninguém para culpar aqui. O que ele disse é que, com tragédias, há oportunidades de aprender, ensinar e apoiar, e é nisso que ele está realmente focado agora”.
Fonte ==> Gazeta do Povo e Notícias ao Minuto