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Correios projetam empréstimo bilionário menor do que o previsto

Em crise, Correios precisam de injeção de recursos da União ou empréstimo até mesmo para pagar o 13.º salário, que vence no dia 20.

Os Correios devem fechar na próxima semana o empréstimo bilionário que conta como saída no curto prazo para a grave crise financeira que já provocou um rombo de R$ 6 bilhões nas contas neste ano apenas até o mês de setembro. O valor de R$ 20 bilhões, anunciado inicialmente no plano de reestruturação, deve ser menor e ficar entre R$ 12 bilhões e R$ 15 bilhões.

Segundo apurações da Folha de S. Paulo e do Estadão com fontes a par das negociações, publicadas nesta quinta (11), a decisão de reduzir o tamanho da operação já vinha sendo discutida pela cúpula dos Correios como forma de cortar custos e facilitar a entrada de novos bancos na transação. A Gazeta do Povo procurou a estatal para esclarecer a redução do valor e a tomada de novas propostas e aguarda retorno.

O governo pediu, ainda, a participação da Caixa Econômica Federal nas negociações, e outras instituições privadas também demonstraram interesse.

VEJA TAMBÉM:

  • Sem socorro do Tesouro nem empréstimo de bancos, Correios podem não pagar 13.º

Os bancos têm até sexta-feira (12) para confirmar se pretendem participar da operação bilionária ainda sendo de R$ 20 bilhões com custo máximo de 120% do CDI, cerca de 18% ao ano, limite necessário para que o Tesouro aceite dar a garantia soberana.

Essa garantia significa que a União cobre o pagamento em caso de calote, tornando o risco praticamente nulo para os bancos. Mesmo assim, interlocutores do governo afirmam que o objetivo é fechar um valor menor, perto de R$ 12 bilhões, suficiente para cobrir as urgências da empresa e iniciar o plano previsto até 2026.

A primeira proposta – totalizando os R$ 20 bilhões – foi aceita pelo Banco do Brasil, Citibank, BTG Pactual, ABC Brasil e Safra, mas barrada pelo Tesouro por considerar os juros altos demais. O custo da operação chegaria a 136% do CDI, cerca de 20% ao ano, ultrapassando o teto de 120% estabelecido pelo comitê de garantias.

O conselho de administração dos Correios chegou a aprovar o crédito em 29 de novembro, acreditando estar perto de um desfecho. Porém, em 2 de dezembro, o Tesouro reprovou a operação nas condições apresentadas pelos bancos.

Mais recentemente, o presidente da Associação dos Profissionais dos Correios (ADCAP), Roberval Borges Corrêa, afirmou temer que a estatal não consiga sequer pagar o 13º salário dos funcionários sem o empréstimo bilionário. A data limite é o dia 20 de dezembro.

 “Sem esse aporte, não há garantia nem de pagamento do 13.º e outros compromissos. É uma situação inédita e nós esperamos que o governo assuma sua responsabilidade, porque ele é o responsável pela manutenção do serviço universal e é o único acionista da empresa”, disse.

O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, reafirmou nesta quarta-feira (10) que trabalha em duas frentes para salvar as contas da estatal, sendo uma delas um aporte caso não se chegue a um acordo com os bancos. Ele, no entanto, afirmou que “não vamos ficar com a faca no pescoço por conta da incompreensão da parte de uma ou outra instituição financeira”.

Haddad descartou, no entanto, qualquer alternativa fora do arcabouço fiscal ou um crédito extraordinário, que liberaria recursos de forma imediata para despesas urgentes e imprevisíveis.



Fonte ==> UOL

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